Cães privados de água, por exemplo, vão buscá-la, geralmente em plantas molhadas recentemente cujas folhas podem ser mastigadas. Em outros casos, cães confinados por períodos longos podem ser distrair comendo plantas.
Deficiência nutricional
A má nutrição pode também impelir ao consumo de vegetais, na tentativa de obter deles o nutriente que o animal carece. Adubação do solo com compostos orgânicos, como farinha de ossos com torta de mamona, encoraja esse consumo anormal. Em suma, cães ingerem plantas basicamente por curiosidade, lazer ou deficiência nutricional. As plantas, por sua vez, desenvolveram na sua evolução algumas armas de proteção como os espinhos que desencorajam grande parte das agressões e o sabor amargo que desestimula segundas tentativas dos curiosos. No entanto, um grande número de plantas possui substâncias tóxicas que poderão causar distúrbios digestivos, alérgicos, hepáticos, cutâneos, alucionógenos e até a morte, dependendo do tipo de planta consumida.
Uma única planta pode conter vários princípios tóxicos, para os quais há poucos antídotos específicos, o que dificulta o tratamento. Certas espécies têm substâncias irritantes que devem ser inativadas ou "protegidas" para não causarem mais lesões nos tecidos do aparelho digestivo. Para tais toxinas não se recomenda induzir vômitos para expulsão, pois provocariam danos ao voltar pelo esôfago e boca, agravando os males já causados pela ingestão.
Outras toxinas de plantas consideradas "solúveis em gordura" têm sua absorção favorecida quando engolidas com alimentos gordurosos, como o leite. Essa ingestão conjunta favorece, portanto, a absorção dos venenos, podendo agravar o quadro.
Prevenção
Se as plantas tóxicas estiverem entre suas preferidas e se você não abre mão de tê-las em casa, trate de, pelo menos, tomar os seguintes cuidados:
Primeiros socorros
- dificulte o acesso às plantas com uso de cerca, colocação dos vasos em locais de difícil acesso, poda das partes baixas das plantas, colheita de todos os frutos assim que apareçam;
- utilize rações de boa qualidade e, se necessário, suplementos que evitem carências nutricionais;
- deixe água fresca em locais de fácil acesso ao cão;
- evite o confinamento do animal em recintos onde há plantas;
- promova treinamentos sob assistência especializada.
Caso o seu cão tenha ingerido alguma planta suspeita, siga estas orientações:
- Lave a boca e os olhos do animal em água corrente.
- Colete partes e frutos da planta que ele comeu.
- Procure seu veterinário, que deverá ser informado sobre o tipo e quantidade de planta ingerida, horário presumido da ingestão e os sintomas observados antes da consulta.
Nome Popular | Nome científico | Nome Popular | Nome científico |
aroeira | Schinus | azaléia | Rododendron |
caju (castanha crua) | Anacardium occidentale | chapéu de napoleão | Thevetia nerrifolia jussieu |
cinerária | Senecio cruentes | confrei | Sympjyntun officinalis |
coroa de cristo, cristo gigante |
Euphorbia milii | espada de São Jorge | Sanseveria trifasciata |
filodendro banana de macaco |
Philodendron bipinnatifidum | fumo, petume, tabaco | Nicotina tabacum |
hera | Hedera helix | hortênsia | Sambucus sp |
olho de cabra, jequiriti | Abrus precatorius | mamona, carrapateiro | Ricinus comunis |
mandioca | Maniohot | nêspera | Prunus sp |
oficial de sala | Asclepia curssavica | papagaio, rabo de arara | Euphorbia pulcherrima |
pinhão paraguaio | Jatrofa curcas | tulipa | Tulipa sp |
unha de gato | Hedera caraniensis |
Texto reproduzido da revista "Cães e
Raças", (n 4).